A guerra é cruel. Disso todos nós sabemos. A Grande Gurra foi particularmente nociva para muitos. São aos milhares, pela Europa, os mutilados, os estropiados, os doentes, feridos e gaseados. Esta é uma história com um final infeliz. Não temos palmas nem glórias, não existiram louvores, apenas um grande sofrimento. Um vazio familiar deixado por um jovem, Francisco Diogo, que sadio partiu para retornar doente, das terras de França. Não suportando as dores do mundo, que o próprio mundo lhe concedeu, Francisco acabaria por cometer suicídio... Esta é apenas uma das histórias que ainda estava por contar. Daqueles que partiram para África ou França, para retornarem perdidos... Perdidos para si e para o mundo. Este é mais um membro dessa geração perdida, como um dia alguém poeticamente a chamou. Esta é a história de Francisco Diogo. 

Esta é uma história vinda de África, do continente tantas vezes esquecido, que é o continente africano, onde alemães e portugueses se encontraram, onde se defrontaram quando nem se falava ainda da presença portuguesa na Grande Guerra. É a história de José Joaquim Fernandes, pai de Manuel Fernandes, e da sua estadia em Angola, naqueles tempos em que Portugal se encontrava numa não – beligerância beligerante, em que se temia a perda das possessões coloniais para esses perigosos europeus, que anos depois seriam cognominados de boche. 

Francisco Avelino de Sousa Amado partiu para França, em 1917, como alferes veterinário. Promovido a Tenente, ali permaneceu até 24 de Julho de 1919. O seu sobrinho-bisneto resgata agora a sua memória, nesta história que nos trás a presença de Francisco no teatro de guerra europeu durante a Primeira Guerra Mundial.