ROSADO, Tomás António Garcia (1864 - 1937)

Militar, seria o responsável pela reorganização das tropas portuguesas em França depois de La Lys.
 
Nasceu em Beja a 4 de Março de 1864. Frequentou o Colégio Militar e a Escola do Exército, onde se formou em 1885. Dez anos depois partiu para a Índia integrado na expedição, comandada pelo infante D. Afonso, encarregada de subjugar a revolta dos ranes. Por essa campanha obteve o oficialato da ordem militar de Torre e Espada. Seguiu para Moçambique onde esteve, em comissão, na Companhia de Moçambique (1897/98) e depois de um curto interregno na metrópole regressou a esta colónia para desempenhar funções de governador, primeiro do distrito de Lourenço Marques e a seguir da própria colónia. Em 1908 foi escolhido para chefiar a delegação que negociou com a África do Sul um novo modus vivendi e substituir o que estava em vigor desde 1901. Mais tarde, em 1914, já com o posto de coronel, dirigiu a Escola Central de Oficiais e foi nomeado comandante da força expedicionária a Moçambique. Divergências de opinião com o poder político afastam-no deste comando não chegando sequer a partir. Isso, porém, não o impediu de ser promovido a general, o que aconteceu em 1918; ano em que a 25 de Agosto substituiu o general Tamagnini à frente do CEP, em França. As tropas portuguesas, na sequência da batalha de La Lys, encontravam-se destroçadas e desmoralizadas, cabendo a Garcia Rosado a difícil missão de reorganizá-las e torná-las de novo numa força de combate, o que conseguiu de forma parcial ao assegurar a participação de algumas Unidades portuguesas nas últimas e vitoriosas ofensivas aliadas. Foi ainda presidente da Cruz Vermelha Portuguesa (nomeado em 1924). Depois de 1926 foi nomeado embaixador em Londres aposentando-se, em 1934, por ter atingido o limite de idade. Morreu em Lisboa a 30 de Agosto de 1937.

Comentários

Comentar...