África, mais propriamente Moçambique, é o palco da história que agora trazemos, e que recorda o avô de Maria Fernanda Dias de Azeredo Bettencourt. Combatente na zona de Quionga durante a Grande Guerra, Eduardo Augusto Sousa Dias viria a falecer demasiado novo para deixar histórias aos seus filhos pequenos. Contudo, através de algumas anotações e fotografias, conseguimos agora recordar um militar de carreira, louvado pelo seu trabalho na Frente Africana. 

Rui Moura soube dos Dias da Memória na Assembleia da República e não quis deixar de partilhar connosco um pouco do percurso do seu avô, na Moçambique da Grande Guerra. Esse palco onde Portugal se encontrava já numa beligerância algo velada em 1914, e que continua ainda hoje muito esquecido dos portugueses.

José Teixeira Jacinto soube bem o que foi partir para África, conheceu-lhe os perigos, descobriu as suas incapacidades e o heroísmo que por vezes carregamos dentro. O seu neto, o coronel Armando Jacinto, partilha agora a sua história e a sua memória nos Dias da Memória. E a Câmara Municipal de Espinho, parceira do projecto Portugal 1914 – 1918, enviou-nos a sua fotografia. Para que a memória dos munícipes que foram à guerra não se perca em meio às evocações que agora se fazem mundialmente. 

Alinhados e escutando a chamada para o embarque, o Regimento de Infantaria nº 29 prepara-se para embarcar em Lisboa, rumo a Moçambique.