De Eurico Cunha Barbeitos da Silva pouco se sabe. Chegou até nós nos Dias da Memória, trazido por Victor Neto, em meio a um enorme espólio, mas sem memórias. A curiosidade levou-nos a procurar saber mais acerca deste homem que, em pé, se faz acompanhar de outros camaradas convalescentes de guerra em Ambleteuse. E uma legenda que diz que faziam parte do sacrificado e infeliz R.I. 7. Quem era Eurico? Como teria adoecido. Esta é a história de um homem, um gaseado, e um convalescente desconhecido até agora, um soldado da Grande Guerra. 

João Maltez sempre ouviu rumores e pequenas referências familiares que mencionavam que o seu bisavô, de seu nome José Augusto da Rocha, tinha sido combatente da Grande Guerra. Como em tantas famílias portuguesas, ou por ser um tema difícil ou pelo tempo já passado, não se falava muito no assunto, o que deixou João Maltez intrigado e ainda mais curioso, mas sem dados que pudesse usar para corroborar as suas desconfianças. Este é o resultado do seu processo de descoberta sobre a vida do seu bisavô. Uma viagem pessoal que levou João Maltez a descobrir um pouco mais sobre outra viagem, feita há quase 100 anos, de um jovem rapaz português rumo às terras distantes de França. 

Maria Madalena Dias Marques Contente veio aos Dias da Memória na Assembleia da República com o claro desejo de recordar o seu avô materno, Francisco Dias Júnior, ao qual ouviu, enquanto criança, as histórias que o mesmo contava sobre a sua ida a uma antiga guerra, já longínqua, soando a aventura e desconhecido. Com o avançar da entrevista, viria a referir que Francisco não foi à guerra sozinho. Na sua família também o irmão António foi enviado para combater na grande conflagração mundial. Esta é a história e a memória das suas próprias memórias de infância.