Ana Paula Pereira sabia que o seu avô Manuel Francisco tinha combatido na Primeira Guerra Mundial. Contudo, desconhecia o seu percurso naquele conflito mundial. Aos poucos descobriu a passagem dele por África e por França, continuando a angariar informação sobre a presença de Manuel nesta grande conflagração, a qual agora evocamos no seu centenário. 

José Teixeira Jacinto soube bem o que foi partir para África, conheceu-lhe os perigos, descobriu as suas incapacidades e o heroísmo que por vezes carregamos dentro. O seu neto, o coronel Armando Jacinto, partilha agora a sua história e a sua memória nos Dias da Memória. E a Câmara Municipal de Espinho, parceira do projecto Portugal 1914 – 1918, enviou-nos a sua fotografia. Para que a memória dos munícipes que foram à guerra não se perca em meio às evocações que agora se fazem mundialmente. 

Nos Dias da Memória a Assembleia da República e o Instituto de História Contemporânea não receberam apenas contribuições particulares e familiares. Também as instituições quiseram marcar presença num evento inédito em Portugal. Assim sucedeu com a Liga dos Combatentes, que através do Dr. Ricardo Varandas, em representação do Sr. Presidente da Liga dos Combatentes, General Joaquim Chito Rodrigues, fez chegar até nós 34 cadernetas de combatentes portugueses da Grande Guerram, que estiveram presentes nos teatros de operações africano e francês. 

António Braz entrou para o Exército com 16 anos como voluntário. Antes do eclodir da Primeira Grande Guerra, esteve em Moçambique, sob as ordens de Mouzinho de Albuquerque, e em Angola. Depois de 1914 passou também pela Flandres. Foi feito prisioneiro na batalha de Las Lys.

O embarque do Regimento de Infantaria nº 14, liderado pelo Tenente de Infantaria António Rodrigues Marques, que tinha já combatido em Naulila, onde foi feito prisioneiro. Partia agora com as tropas do C.E.P. para França, para outro palco de guerra.