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Principais Acontecimentos

28-06-1914

Assassinato em Sarajevo do arquiduque Francisco Fernando, herdeiro do trono austro-húngaro


04-08-1914

A Grã-Bretanha declara guerra à Alemanha e ao império Austro-Húngaro. A Alemanha declara guerra à Bélgica.



05-08-1914

São cortados, pelos ingleses, os cabos alemães de ligação da Horta (Faial) a Emdem (Alemanha).



07-08-1914

Declaração do governo português sobre a guerra, em concordância com o pedido do governo inglês de não declarar neutralidade nem beligerância



07-08-1914

Lisboa. Manifestações de apoio aos Aliados junto das Legações de França e Inglaterra.



21-08-1914

O Governo decreta a organização e o envio de dois destacamentos mistos (artilharia de montanha, cavalaria, infantaria e metralhadoras) com destino a Angola e Moçambique.



24-08-1914

Primeiro incidente de guerra em território português. Ataque alemão à guarnição de Maziúa (Norte de Moçambique)



11-09-1914

Partida de Lisboa das expedições militares com destino a Angola e Moçambique. Os comandos são entregues, respectivamente, a Alves Roçadas e Massano de Amorim



18-09-1914

Tumultos contra os açambarcamentos e a carestia de vida. Greve dos tecelões e tipógrafos no Porto



19-09-1914

O governo francês solicita a Portugal a cedência de peças de artilharia. O Governo português resiste a enviar peças sem serem acompanhadas por homens. A situação só viria a ser desbloqueada em 17 de Outubro, concordando o governo português com o envio de uma força de artilharia, a que se seguiria o envio de outras armas.



20-10-1914

Movimentos revolucionários monárquicos em Mafra e em Bragança contestando a participação portuguesa na guerra.



30-11-1914

Instituição da censura prévia para notícias militares



12-12-1914

Governo chefiado por Vítor Hugo de Azevedo Coutinho (até 25-01-1915), ficou conhecido como «Os Miseráveis»



18-12-1914

Combate de Naulila. Uma força alemã, comandada pelo major Frank, ataca o posto de polícia de Naulila e derrota o destacamento do capitão Mendes Reis que é obrigado a retirar para Dongoena. Morrem três oficiais e sessenta e seis sargentos e soldados.



20 a 22-01-1915

Movimento das Espadas. Protesto de oficiais, destacando-se Machado Santos e Pimenta de Castro, contra a demissão do major Craveiro Lopes, alegadamente por motivos políticos. Machado Santos entrega a sua espada ao Presidente da República.



24-01-1915

O Presidente da República precipita a demissão do governo de Azevedo Coutinho e entrega o poder, em ditadura, ao general Pimenta de Castro.



03-1915

Publicação do primeiro número da revista literária Orpheu, ícone do modernismo em Portugal. Nela revelam-se nomes maiores das letras portuguesas no século XX: Fernando Pessoa, Mário de Sá-Carneiro e José de Almada Negreiros



06-03-1915

O aumento do preço do pão dá origem a tumultos e assaltos a padarias em Lisboa. A União Operária e Nacional organiza comícios em Lisboa e em Almada, protestando contra a especulação e os açambarcamentos



14-05-1915

Revolta em Lisboa de republicanos civis e militares contra a ditadura de Pimenta de Castro. O golpe derruba a ditadura e repõe o partido Democrático, chefiado por Afonso Costa, no poder



15-05-1915

A Junta Revolucionária impõe um ministério chefiado por João Chagas que, vítima de um atentado, não chegará a tomar posse. José de Castro chefiou interinamente o Governo entre 17 de Maio e 19 de Junho de 1915



29-05-1915

Joaquim Teófilo Braga é eleito Presidente da República. Exerce o cargo até 5 de Outubro.



19-06-1915

Ministério chefiado por José de Castro (até 29-11-1915)



06-08-1915

Bernardino Machado é eleito Presidente da República, tomando posse em 5 de Outubro.



29-11-1915

2º Governo de Afonso Costa (até 15-03-1916)



Jan e Fev 1916

Tumultos e assaltos a armazéns de víveres em Lisboa e na província, acompanhados de greves operárias. Medidas governamentais para mitigar a questão das subsistências



21-02 a 19-12-1916

Batalha de Verdun.



23-02-1916

Requisição dos navios mercantes alemães e austríacos surtos em portos portugueses



03-1916

O Governo dissolve as estruturas sindicais que se vinham manifestando contra a entrada de Portugal na Guerra: União Operária Nacional, União dos Sindicatos Operários e Federações de Construção Civil e Indústrias Metalúrgicas.



09-03-1916

A Alemanha declara guerra a Portugal.


11-03-1916

A Áustria declara guerra a Portugal



15-03-1916

Constituição do Governo de União Sagrada (Partido Democrático e Partido Evolucionista), chefiado por António José de Almeida



15-03-1916

Criação da Junta Patriótica do Norte



20-03-1916

Criação da Cruzada das Mulheres Portuguesas



28-03-1916

O Berrio afunda a primeira mina rocegada na barra do Tejo.



10-04-1916

Tomada de Quionga, em Moçambique.



19-04-1916

Constituição da Comissão Portuguesa dos Prisioneiros de Guerra.



21-04-1916

Instituição da censura sobre toda a correspondência postal expedida e recebida por Portugal. Alarga-se a censura telegráfica



06-1916

A revista A Águia publica um número especial dedicado à entrada do país na Grande Guerra. A publicação era o órgão da Renascença Portuguesa, associação fundada no Porto em 1912. Nela colaborou o escol intelectual da República, como Teixeira de Pascoaes, Leonardo Coimbra, António Sérgio, Raul Brandão, Jaime Cortesão, Raul Proença ou Augusto Casimiro. O grupo defendeu activamente a mobilização da República para a Grande Guerra, fazendo a apologia da causa dos Aliados contra a barbárie alemã. A editora da Renascença Portuguesa terá papel principal na publicação das memórias dos combatentes.


águia portugal e a guerra 1916
09-06-1916

Afonso Costa e Augusto Soares  partem para Paris a fim de participarem na Conferência Inter-aliada. O encontro, presidido pelo ministro do Comércio francês Étienne Clémentel, é dominado pela discussão do problema económico. 



01-07 a 17-11-1916

Batalha do Somme.



22-07-1916

Constituição do Corpo Expedicionário Português (CEP), composto por 30 mil homens



24-08-1916

A canhoeira Ibo é atingida por um torpedo ao largo de Lisboa.



26-10-1916

Tropas portuguesas ocupam o posto alemão de Nevala.



30-11-1916

É autorizada a prestação de assistência religiosa aos militares em campanha



03-12-1916

Primeiro ataque de um submarino alemão a território nacional com o bombardeamento do porto do Funchal.



13-12-1916

Revolta de Tomar, dirigida por Machado Santos, manifestando-se contra o Governo de União Sagrada e o embarque de tropas para França.



03-01-1917

Acordo luso-britânico relativo ao envio de forças portuguesas para França. O Corpo Expedicionário Português fica subordinado à British Expeditionary Force



07-01-1917

O governo francês concorda com a proposta portuguesa de disponibilizar pessoal de artilharia necessário para 25 baterias de artilharia pesada, sob um Comando Superior Português. É então criado o Corpo de Artilharia Independente (CAPI)



18-01-1917

Fernando Tamagnini de Abreu é nomeado Comandante do Corpo Expedicionário Português.



30-01-1917

Parte para França a Primeira Brigada do Corpo Expedicionário Português, sob comando de Gomes da Costa.



18-02-1917

É constituído em Lausanne o Comité de Socorros aos Militares e Civis Portugueses Prisioneiros de Guerra.



02-03-1917

Revolução de Fevereiro na Rússia. O czar Nicolau II abdica.



04-04-1917

As tropas portuguesas entram nas trincheiras. Morte do primeiro soldado português na frente francesa: António Gonçalves Curado, soldado nº 234 de Infantaria 28.



06-04-1917

Declaração de guerra dos Estados Unidos à Alemanha e seus aliados.



14-04-1917

Almada Negreiros profere o Ultimatum futurista às gerações portuguesas do século XX no Teatro República (atual São Luiz), inspirando-se nos manifestos do futurismo italiano. Enquanto os regimentos do CEP estão a entrar nas trincheiras de França, o jovem poeta defende: “a guerra é a grande experiência. (…) É a guerra que accorda todo o espírito de criação e de construção assassinando todo o sentimentalismo saudosista e regressivo.”



25-04-1917

Terceiro Governo de Afonso Costa (até 10-12-1917). O Ministério da Guerra continua entregue a Norton de Matos



13-05-1917

Fátima. Três pastores testemunham a aparição da Virgem Maria


19 a 27-05-1917

Revolta da Batata. Assaltos populares a mercearias e outros estabelecimentos comerciais em Lisboa e na margem Sul do Tejo



20-05-1917

Declaração do estado de sítio na cidade de Lisboa



01-06-1917

Primeiro militar português capturado em França.



04-06-1917

Primeiro ataque ao sector do CEP



04-07-1917

Ataque de um submarino alemão (U-155) a Ponta Delgada



10-07-1917

A primeira Divisão do CEP assume a responsabilidade do Sector Português na frente.



26-07-1917

Afundamento do caça-minas Roberto Ivens após chocar com uma mina colocada por um submarino alemão



27-08-1917

O pintor Adriano de Sousa Lopes é nomeado artista oficial do CEP em França, por decreto-lei do Conselho de Ministros. Entre a obra produzida avultam as grandes pinturas do Museu Militar e uma série de gravuras a água-forte. Pouco meses antes, já Arnaldo Garcez partira para França como fotógrafo oficial.



16-09-1917

Fuzilamento do único militar português condenado à morte. O soldado-chauffeur João Augusto Ferreira de Almeida foi executado em Picantin, perto de Lavantie, segundo sentença do Tribunal de Guerra, que o considerou culpado de espionagem.



20-09-1917

O aviador Óscar Monteiro Torres morre após um caça alemão ter abatido o seu avião.



11-10-1917

O Presidente da República, Bernardino Machado e o chefe do Governo, Afonso Costa, iniciam a visita às tropas portuguesas destacadas em França. Visita Verdun e Reims. A sua viagem incluiu ainda a Inglaterra, onde permaneceu alguns dias; numa altura em que, no Atlântico, se registam cada vez mais ataques dos submarinos alemães aos navios portugueses



17-10-1917

Chegada à zona de concentração em França do primeiro contingente do CAPI. O segundo chegou três meses depois.



01-11-1917

É criado o Grupo de Companhias Ciclistas



07-11-1917

Revolução de Outubro na Rússia. Lenine ocupa Petrogrado.



25-11-1917

Combate de Negomano. Von Lettow lança um violento ataque e derrota as forças portuguesas.



12-1917

Os Bailados Russos actuam no São Carlos e no Coliseu dos Recreios. A célebre companhia de Diaghilev estava em digressão europeia, devido à guerra e as onze récitas acontecem enquanto tem lugar a revolução de Sidónio Pais. Almada Negreiros, Ruy Coelho e José Pacheco assinaram um manifesto exortando os portugueses a comparecerem aos espectáculos da companhia.



05-12-1917

Revolta militar comandada por Sidónio Pais



05-12-1917

É publicado o número único de Portugal Futurista, onde se transcrevem os manifestos apresentados na conferência do Teatro República. Santa-Rita Pintor é apresentado como o porta-voz do Futurismo português. Fernando Pessoa, enquanto Álvaro de Campos, declara com ferocidade no Ultimatum a Grande Guerra como a “falência geral” do Ocidente. Por seu lado, Almada Negreiros parodia a instrução militar na prosa torrencial de Saltimbancos. Na sequência de denúncias de obscenidade a revista foi apreendida pela polícia já nas livrarias.



12-12-1917

Perseguição de um submarino alemão (U-155) que bombardeara a cidade do Funchal



21-01-1918

Acordo luso-britânico. Reorganização do Corpo Expedicionário Português



02-03-1918

Ataque alemão contra o sector português na Flandres. Setenta militares do CEP são aprisionados. Seguiu-se um período intenso para as tropas portuguesas que ocupavam a primeira linha; ataques quase diários, raids, ataques de gás e bombardeamentos prolongados de artilharia.



21-03-1918

Início da ofensiva alemã, chamada de Primavera ou Ludendorff, na Frente Ocidental.



02-04-1918

Conflitos em Alcântara, Lisboa, originados pela crise de subsistências



09-04-1918

Batalha de La Lys. Morreram mais de 600 militares portugueses e 6585 foram feitos prisioneiros. Início da resistência no reduto de Lacouture.



04-07-1918

Reorganização do CEP, na sequência da batalha de La Lys



24-08-1918

O general Garcia Rosado substitui o general Tamagnini no comando do CEP



08-09-1918

Início da distribuição de senhas de racionamento e de cartas de consumo.



26-09-1918

Criação de um imposto especial sobre os lucros de guerra.



14-10-1918

Combate entre o caça-minas Augusto de Castilho e o cruzador-submarino alemão U-139 que termina com o afundamento do primeiro.



16-10-1918

“Leva da Morte”. Assassinato de vários presos políticos antissidonistas quando eram transportados nas ruas da Baixa de Lisboa.



11-11-1918

Assinatura do Armistício em Rethondes, floresta de Compiègne. Tratado assinado entre os Aliados e a Alemanha que terminou as hostilidades na frente ocidental.



23-11-1918

Chegam a Lisboa as primeiras tropas do Corpo Expedicionário Português.



02-01-1919

Regressam a Portugal, a bordo do Pedro Nunes, 710 militares portugueses, prisioneiros de guerra.



18-01-1919

Início da Conferência de Paz em Paris



25-01-1919

Criação da Comissão de Reparações de Guerra



12-03-1919

Afonso Costa é nomeado presidente da delegação portuguesa à Conferência de Paz



09-04-1919

Primeira comemoração do “9 de Abril de 1918” pela Junta Patriótica do Norte.



28-04-1919

Fundação da Liga das Nações.



28-06-1919

Assinatura do Tratado de Paz, em Versailles.



14-07-1919

Tropas portuguesas participam no desfile da Vitória, em Paris



02-04-1920

Portugal ratifica o Tratado de Paz assinado em Versalhes.



10-04-1921

Cerimónia dedicada aos Soldados Desconhecidos, cujos féretros ficariam no Mosteiro de Santa Maria da Vitória, na Batalha.



09-04-1924

Tumulação definitiva dos Soldados Desconhecidos na Batalha. Inauguração cerimonial do Lampadário, que ilumina e vela pelos corpos dos soldados portugueses anónimos, com azeite de oliveiras portuguesas.



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