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Muitos foram os que faleceram a 9 de Abril de 1918, naquela que ficou conhecida pelos portugueses como a Batalha de La Lys. Aurélio de Mendonça e Pinho foi um destes combatentes, que caiu naquele fatídico dia. A fotografia que agora apresentamos não esquece a sua presença heróica em tal combate. Cabe a nós não deixar cair de novo no esquecimento Aurélio de Mendonça e todos os que pereceram naquele dia de Abril.
O que podia ser um documento qualquer, rabiscado, com um título curto, chamado «biografia», revela-se o testemunho de um não combatente que perdeu um irmão querido na guerra. Zacarias Guerreiro, que por ter perdido uma vista não foi à Grande Guerra, acabaria por ver um dos seus irmãos feito prisioneiro e outro perecer na Batalha de La Lys.
Luís António Martins Raposo foi Oficial Médico na Grande Guerra. Recém-formado, partiu para um conflito onde fez parte do Regimento de Infantaria 21, com o qual conviveu, e do qual cuidou, dividindo a tricheira com homens que morreram e outros que sobreviveram. As suas palavras ficaram registadas em memórias, as quais escreveu para a família, especialmente para os seus netos. Miguel Raposo traz-nos agora a voz do passado, os ecos daquele tempo e as palavras, na primeira pessoa, de quem sobreviveu muitos anos aos fatídicos dias de 1917 – 1918, pois nunca os esqueceu.
Futura esposa do Professor Doutor Luís António Martins Raposo, D.ª Antónia fez uma promessa pelo seu retorno, são e salvo, de terras de França, quando soube que o seu noivo partiria para a guerra. A promessa foi feita à Nossa Senhora da Batalha, e seria, como ainda hoje podemos ver, cumprida, quando o oficial médico regressou a Portugal. Uma interessante história de como a sociedade reflectia sobre a partida dos nossos combatentes para o conflito, e de como mães, esposas, irmãs, namoradas e noivas, tentavam ultrapassar a angústia de não saber dos homens que para lá partiam.
A 9 de Abril de 1919 Luíz Gonzaga do Carmo Pereira Ribeiro, Capitão da Brigada do Minho, seria encontrado morto no campo de batalha. Vítima da fúria de uma guerra que duraria ainda largos meses e que cobraria muitas vidas mais, Luiz Gonzaga era um soldado, um combatente do CEP e um bravo minhoto na Grande Guerra, que Carlos Ribeiro, seu sobrinho-neto, agora trás até nós.
Em 1917, vários soldados de Macieira de Cambra partiram para França. Ali se deixariam fotografar, juntos, tal como tinham partido, rumo ao desconhecido de uma guerra que não desejavam combater mas pela qual pegaram em armas. Esta é a história de alguns Cambrenses, como nos conta Adolfo Tavares Coutinho.

A sobrinha de Eduardo da Fonseca Guerreiro, ainda viva e com mais de 90 anos, preservou por anos a memória de um tio que nunca conheceu, assim como centenas de postais que o mesmo combatente enviava de França a sua mãe, durante a Grande Guerra. Malogradamente, Eduardo viria a falecer em 9 de Abril de 1918. Contudo, a sua memória perdura através das suas palavras, reflexo de um amor entre mãe e filho que ainda hoje ecoa no tempo.

José Joaquim nasceu com a vocação para a Medicina. Militar, médico, homem de fibra e coragem, louvado pela sua participação na Grande Guerra, foi prisioneiro dos alemães e sobrevivente a esse grande conflito, que marcou toda a sua geração.
quinta, 05 dezembro 2013 23:48

Pedro Augusto Soares e a sua Madrinha de Guerra

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Pedro Augusto Soares poderá ser um combatente desconhecido entre tantos mas, durante a Grande Guerra, não o foi por certo para a sua Madrinha de Guerra.