Call for Papers "A Grande Guerra e os Açores: da estratégia naval à guerra das trincheiras"

 
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“A Grande Guerra e os Açores: da estratégia naval à guerra das



trincheiras”


Museu Militar dos Açores, Ponta Delgada, Açores – 13-16 de julho de 2017



O oceano Atlântico agrega a civilização ocidental nas suas margens, tendo ao seu centro o arquipélago dos Açores. Intensamente disputado desde os descobrimentos, com o advento da Revolução Industrial, com a propulsão mecânica e ascensão económica e política dos EUA, conheceria um incremento comercial, baseado numa possante economia de mercado e num forte poder do capital financeiro, reforçando ainda mais o seu papel como via de  abastecimento das matérias-primas coloniais, às metrópoles. A presença de poderosas marinhas de guerra como mercantes, com uma moderna indústria naval de grande capacidade de produção, torna-se cada vez mais o seu cenário de fundo, nomeadamente durante a I Guerra Mundial. Dentro desta ótica, o papel do Atlântico durante a Grande Guerra passaria pela importância do comércio marítimo e pela necessidade de proteger o tráfego comercial, de uma Europa em guerra, assumindo as consequências de perturbar o do inimigo, bem como a utilização de uma rede de cabos submarinos com ramificações para todo o Mundo.

A entrada dos EUA na I Guerra Mundial marcou o fim da hegemonia mundial do continente europeu, que durara três séculos, mudando as simetrias no centro do Atlântico. Entrar na guerra, para além de proteger a grande via comercial que o Atlântico representava e reforçar (ou cortar) a logística da guerra continental, implicava a preservação do conjunto de interesses desta comunidade Atlântica, idênticos nas necessidades e objetivos.

Esta conceção, apesar de ter em segunda conta, um conceito de defesa predominantemente orientado para ameaças terrestres, chamaria a atenção para a urgência de precaver ocomércio pelo mar e as próprias costas dos beligerantes, não só como via de reabastecimento mas também pela eventualidade de um ataque bem-sucedido às suas retaguardas ou aos flancos. O advento da aeronáutica reforçaria esta mudança de política em relação às ilhas atlânticas, claramente comprovada pela instalação de uma base aeronaval americana  em Ponta Delgada, e pela passagem do comandante Read com o seu NC 4 em 1919, legitimando a importância do arquipélago no cerne da aviação no Atlântico norte.



Este encontro visa analisar a relação do Atlântico, com particular ênfase nos Açores, no complexo apoio logístico aos beligerantes, independentemente do palco de guerra ser europeu ou colonial, e as múltiplas dinâmicas envolvidas, sejam políticas, económicas, ideológicas ou geográficas. Da mesma forma, procura valorizar e dignificar não só a memória dos atuantes como o Património material, e imaterial, no ano em que se evoca o bombardeamento da principal cidade açoriana e a criação de uma base naval estrangeira no seuterritório.



A comissão organizadora apela ao envio de propostas que abordem, mas não se limitem, às seguintes temáticas:



- A dimensão marítima e terrestre do envolvimento dos Açores na I Guerra Mundial;

- A guerra naval e submarina;

- O Atlântico e as telecomunicações durante a Grande Guerra;

- As ligações marítimas na Guerra das Trincheiras,ou nas colónias;

- A frente interna: o impacto da I Guerra Mundial nos Açores;

- Guerra e Memória;

- Museologia e Património militar.



Envio de propostas: 5 de Fevereiro a 1 de Abril de 2017


Por favor envie a sua identificação (nome, filiação institucional e endereço de email), o título da comunicação, resumo (máximo 700 palavras) e cv (1 página) para o seguinte correio electrónico: Este endereço de email está protegido contra piratas. Necessita ativar o JavaScript para o visualizar.">azoreswar@gmail.com

Línguas de trabalho: Português e Inglês (não haverá interpretação simultânea)

 

Download do Call for Papers em Português e Inglês em anexo. 



Organização:



Ana Paula Pires (IHC-FCSH-UNL e Universidade de Stanford)

Annette D. Amerman (Marine Corps History Division)

Jakob Zollmann (Berlin Social Science Center)

Rita Nunes (IHC-FCSH-UNL e Comité Olímpico de Portugal) 

Sérgio Rezendes (IHC-FCSH-UNL e Universidade dos Açores)



Comissão Científica:



António Paulo Duarte (IDN e IHC-FCSH-UNL) 

Carolina Garcìa Sanz (Universidade de Sevilha)

Filipe Ribeiro de Meneses (Universidade de Maynooth) 

Luís Manuel Vieira de Andrade (Universidade dos Açores) 

Maria Inès Tato (CONICET e Universidade de Buenos Aires)

Jorge Augusto Paulus Bruno (Museu de Angra do Heroísmo)



Comissão de Honra:



Vasco Alves Cordeiro, ex.º Presidente do Governo Regional dos Açores

Chistof Weil, ex.º Embaixador da República Federal da Alemanha

Robert A. Sherman, ex.º Embaixador dos Estados Unidos da América

José Manuel Bolieiro, ex.º Presidente da Câmara Municipal de Ponta Delgada

João Luís Gaspar, ex.º Reitor da Universidade dos Açores

Charles P. Neimeyer, ex.º Diretor do Marine Corps History Division

José António Feliciano de Figueiredo, ex.º Comandante da Zona Militar dos Açores

Valentim José Pires Antunes Rodrigues, ex.º Comandante da Zona Marítima dos Açores

 

 

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